DESMASCARANDO O MENTIROSO
Chegou a hora de usarmos um sofisticado
e abrangente sistema de questionamentos que fará com que qualquer pessoa fale a
verdade em apenas alguns minutos em qualquer conversa ou situação. Vou lhe armar
com as melhores munições possíveis para que você vença rapidamente a batalha
verbal e chegue até a verdade. Os resultados serão verdadeiramente
surpreendentes. Importante: Não esqueça de observar as respostas não-verbais
(inconscientes) - os sinais que você acabou de aprender - após a sua pergunta.
1. Não acuse - Insinue: O objetivo é fazer uma pergunta que não
represente nenhuma acusação, mas que insinue o possível comportamento da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) foi
infiel na noite passada. Pergunta incorreta: "Você andou me traindo?"
·
Pergunta correta: "Aconteceu alguma coisa diferente na noite passada?" Observe
sua expressão corporal e alguma possível pista de preocupação e nervosismo com
sua pergunta. Qualquer resposta do tipo: "Porque perguntou isso?" ou "Alguém te
falou alguma coisa?", seguidas de um certo nervosismo, indicam forte preocupação
por parte da pessoa. Ela não estaria preocupada em saber porque você está
fazendo tal pergunta, a menos que pense que você pode estar sabendo o que ela
não quer que você saiba.
2. Situação semelhante: Aqui você vai
apresentar uma situação semelhante à que suspeita que esteja acontecendo. O bom
é que vai poder falar sobre o assunto sem parecer acusatório.
Exemplo de
uso:
· Suspeita: Você acha que seu (a) namorado (a) está lhe traindo.
·
Pergunta incorreta: "Você está me traindo com Fulana (o) de Tal?"
· Pergunta
correta: "Sabe, minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me disse que está muito
desconfiada (o) do (a) seu (sua) namorado (a). Ela (e) tem quase certeza que ele
(a) está cometendo uma traição. Ele (a) fica muito estranho (a) e nervoso (a)
quando ela (e) fala sobre histórias de traição. O que você acha disso?" Se a
pessoa for culpada, ficará preocupada, constrangida ou embaraçada e vai querer
rapidamente mudar de assunto. Porém, se a pessoa achar que sua pergunta é
interessante e ela for inocente, poderá iniciar uma conversa a respeito da
pergunta. Esta é uma forte indicação de inocência, porque ela não tem receio de
discutir o tema e não está investigando por quê você faz a pergunta.
3. Não é surpreendente?: Como no exemplo acima, aqui você vai
abordar o assunto, mas de uma forma geral. Nos permitirá uma grande percepção de
culpa ou inocência da pessoa.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você desconfia
que seu (sua) noivo (a) está saindo com outra (o)
· Pergunta incorreta:
"Você está saindo com outra (o)?"
· Pergunta correta: "Olha que absurdo...
Hoje minha (meu) amiga (o) Fulana (o) de Tal me contou que pegou seu (a) noivo
(a) com outra (o). Não é impressionante como alguém consegue ser infiel e não
ter receio de ser desmascarado?" Quaisquer respostas que demonstrem reações de
embaraço, nervosismo ou constrangimento, seguidas de perguntas como: "Por que
está me perguntado isso?", além de tentativas de mudança de assunto, demonstram
grande carga de preocupação e culpa.
4. Atacando o ego da pessoa.
Aqui vamos usar o ego da pessoa contra ela própria. Vamos dizer a ela que jamais
seria capaz de confessar, pois está sendo 'pressionada' por outra pessoa à não
dizer a verdade e que essa pessoa manda nela. Esta técnica é muito usada por
policiais.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você tem quase certeza que Fulano
(a) roubou sua empresa
· Pergunta incorreta: "Vai confessar que roubou minha
empresa, ou não?"
· Pergunta correta: "Acho que já sei qual é o problema:
Você não me diz a verdade porque alguém manda em você. Você não tem o poder para
decidir isso. Tem outra pessoa por trás disso e você não quer 'ficar mal' com
ela, não é?" O mais incrível é que geralmente as pessoas acabam confessando e se
sentindo orgulhosas de ter feito isso.
5. Indução: Aqui está uma
poderosa técnica. Particularmente, já utilizei e obtive ótimos resultados.
Elabore uma pergunta que restrinja sua resposta a algo que a pessoa pense ser
positivo, de forma que ela não se importe em responder sinceramente.
Exemplo
de uso:
· Suspeita: Alguém viu seu (a) namorado (a) numa festa na noite
passada.
· Pergunta incorreta: "Você andou fazendo festa escondido de mim?"
· Pergunta correta: "Ontem, você chegou em casa após as 24h, não foi?" Se a
pessoa tiver ficado em casa, ficará livre para responder, mas se tiver,
realmente saído, mesmo assim se sentirá a vontade em responder sinceramente,
porque você deu a entender que já sabia e não havia problemas. O fato de a
pessoa ter voltado para casa de madrugada não está em questão. O importante é
que você conseguiu a resposta à verdadeira pergunta.
6. Bumerangue
psicológico: Com esta técnica, você diz à pessoa que ela fez algo bom, e não
mau. Assim, ela ficará, completamente livre para lhe dizer toda a verdade.
Exemplo de uso:
· Suspeita: Você suspeita que fulano (a) está roubando
sua empresa.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a), você anda me roubando?"
· Pergunta correta: "Ei, Fulano (a)! Acho que podemos nos tornar sócios
muito ricos! Parece que você, ultimamente, tem 'passado à perna' em mim, mas
está tudo bem. Nós podemos trabalhar juntos, seu (sua) espertinho (a)! Me conte
mais sobre suas incríveis técnicas... Quero aprender tudo!" Você quer aparentar
que está contente por saber o que a pessoa está fazendo. Ela não terá saída e
vai se abrir para você.
Outro exemplo: (Utilizado em entrevistas para
emprego)
· Suspeita: Você suspeita que o candidato à vaga oferecida mentiu
sobre as informações em seu currículo.
· Pergunta incorreta: "Fulano (a),
você andou colocando informações falsas em seu currículo?"
· Pergunta
correta: "Fulano (a), nós dois sabemos que todo mundo inventa um pouco sobre seu
currículo. Pessoalmente, acho que isso demonstra coragem, porque a pessoa não
tem medo de assumir novas responsabilidades. Me diga, quais partes em que você
foi mais criativo no seu currículo?"
7. Paranóia: Esta técnica de
sugestão é muito poderosa e pode induzir a um estado temporário de paranóia na
pessoa - principalmente se várias pessoas falarem a mesma coisa.
Exemplo de
uso:
· Suspeita: Você suspeita que sua (seu) colega de trabalho está
roubando o material de escritório da empresa
· Pergunta incorreta: "Fulana
(o), você anda roubando o material de escritório?"
· Pergunta correta:
"Fulana (o), acho que todo mundo já sabe sobre o material. Já reparou que, às
vezes, eles ficam encarando você?" Se ela for mesmo culpada, vai se sentir
encarada por todos e logo passará a aceitar a sugestão de que todos já estão
sabendo do roubo. Você poderá verificar isso na sua expressão corporal de tensão
e pavor, seguida de uma atitude de desconfiança diante das pessoas. Caso ela não
seja culpada, não demonstrará nenhuma atitude e apenas vai achar que você está
brincando com ela.
TÉCNICAS AVANÇADAS PARA REVELAR A VERDADE: OS
TRUQUES DOS PROFISSIONAIS.
As técnicas abaixo devem ser usadas caso
você esteja muito desconfiado da pessoa e ela se recusa a confessar.
Céu e inferno: Esta técnica cria uma espécie de fobia na pessoa e
a única saída é confessar a verdade para você. Aqui usamos as forças que moldam
o comportamento humano: Dor e o Prazer nos seus limites para nos revelar a
verdade.
Exemplo de uso:
Se você acha que sua colega de trabalho está
roubando o material de escritório da empresa. Você falaria: "Fulana, já sei da
verdade. Sei também que você já está se arrependendo de ter feito isso. Podemos
resolver isso agora. Você pode me contar tudo e esquecemos isso para sempre.
Ninguém mais ficará sabendo e você continuará no seu emprego. Mas, pode escolher
um caminho mais doloroso: Posso ir até nosso chefe e falar para ele. Você sabe
que isso seria demissão na certa, não é? Além do mais sua imagem ficaria suja.
Imagina todos seus colegas comentando sobre o que você fez? Portanto, para o seu
bem, me confesse agora e terminamos com isso de uma vez por todas". Se
vincularmos dor intensa e insuportável à idéia de mentir e prazer imediato à
idéia de falar a verdade, ela só terá uma saída: falar a verdade!
Curto circuito: Com essa técnica você cria uma confusão mental na
pessoa, enquanto implanta sugestões diretamente no inconsciente. Ela ficará
confusa com a frase de abertura (estão em sublinhado nos exemplos abaixo) e
entrará num leve transe enquanto você lança uma frase com comandos implícitos
(estão em negrito) que serão completamente absorvidos pelo seu inconsciente.
Exemplo de uso:
"Fulano (a), você pode muito bem acreditar nas coisas
que pensava que sabia, e, se você quer... dizer a verdade... ou... não quer
dizer a verdade...a decisão é sua. Portanto, me... diga a verdade..., agora!"
Essa sentença é registrada pelo inconsciente em sua totalidade. Os comandos,
"dizer a verdade", "diga a verdade" (Muito importante: o inconsciente não
registra uma negativa - o 'não') e "agora" são enviados diretamente para o
inconsciente, sem a pessoa - a parte consciente - se dar conta e mostrar
resistência.
Outro exemplo:
Fulano (a). Eu não quero que você diga nada,
a menos que, realmente, queira. E entendo que você já esqueceu o que havia
pensado em querer, não é? Se estiver pensando consigo mesmo algo como... eu
quero dizer à você, então simplesmente... diga ... Quando perceber que... esta é
a decisão certa...você... irá me dizer a verdade... agora!
Importante:
·
Antes e depois do comando - que está em negrito - você deve dar uma pausa (...)
· Ao dar o comando, aumente um pouco a voz e utilize uma tonalidade
descendente.
· Gesticule com as mãos ao dizer o comando.
Você também
pode usar a técnica do curto circuito, com o intuito de apenas interromper a
linha de raciocínio de uma pessoa. Utilize as frases abaixo quando quiser tomar
o controle de uma conversa, ou temporariamente confundir a pessoa, enquanto você
reúne seus próprios pensamentos. Abaixo você tem algumas frases que desenvolvi.
Não esqueça de gesticular enquanto fala. Use com moderação. Se usar várias delas
seguidas, poderá provocar uma forte confusão mental na pessoa.
· Porque você
ainda acredita em algo que duvidava?
· Você, realmente, ainda acredita nas
coisas que pensava que sabia?
· Você duvidaria menos se acreditasse mais nas
coisas que imaginava que sabia?
· Você não lembra do que havia esquecido?
· Se acreditasse mais nas coisas que falou, duvidaria menos das coisas que
escutou?
· Você acredita nas coisas que já sabia?
· Como pode acreditar
nas coisas que pensa que sabia?
· Essa pergunta significa que você ainda
duvida das coisas que imaginava serem verdadeiras, não é?
· Você acredita
mesmo, que já sabia disso?
· Porque me perguntou algo que já sabia?
· Se
você já acreditava nisso, porque pensou que têm dúvidas?
· Se você não
esperava que eu acreditasse numa coisa dessas, porque me contou?
· Você está
concordando com uma coisa que já sabia, não é?
· Como pode concordar de algo
que acreditava ser mentira, antes mesmo de aceitar a verdade?
· Quanto mais
você acredita nas coisas que duvidava, mais concorda com a possibilidade de que
tudo não passou de uma grande mentira?
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